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A Extensão da Universidade Católica de Moçambique em Nacala – Porto promoveu, pela primeira, um encontro inter-religioso com o tema: Diálogo Ecuménico Inter-Religioso, encontro este que teve lugar no dia 23 do mês em curso, no auditório desta instituição de ensino superior, tendo sido presidido pelo Bispo da Diocese de Nacala, Dom Alberto Vera Aréjula.

Um encontro que contou com representantes e líderes de várias organizações religiosas. As palavras: paz, união, fraternidade e amor ao próximo, dominaram aquela manhã de quinta-feira.   O Bispo da Diocese de Nacala, Dom Alberto Vera Aréjula, pautou por apoiar-se na CARTA ENCÍCLICA FRATELLI TUTTI, DO SANTO PADRE FRANCISCO, sobre a FRATERNIDADE E AMIZADE SOCIAL, durante o seu discurso que teve o seu enfoque na união entre as religiões e a irmandade entre os seres humanos. Dando um olhar breve a situação de hostilidades em Cabo Delgado, o Bispo Dom Alberto Vera Aréjula argumentou “as atrocidades perpetuadas pelos insurgentes em Cabo Delgado não podem, de jeito nenhum, serem atribuídas aos nossos irmãos muçulmanos, ou crentes de quaisquer outras religiões, como se tem apregoado, porque nenhum homem temente a Deus é capaz de decapitar o seu irmão friamente.”  

Argumento este que foi subsidiado, mais tarde, pelo Iman da Mesquita Central de Nacala. Nas suas palavras, ele considera que ”o consumo de drogas por parte dos jovens pode ter um vínculo tangível com as barbaridades em Cabo Delgado. Urge a necessidade de afastarmos nossos filhos destes males, aproximando-os de Deus, porque Deus é paz e não existe paz sem fé”. O mesmo elogiou o evento e sugeriu que eventos como estes fossem perpetuados, desde que não sejam tendenciosos.

Num debate concorrido, muita palavra sábia foi ouvida, versos da Bíblia foram lidos e do Quran (Alcorão) foram recitados, tudo para garantir que não fossem dadas opiniões subjectivas (ou pessoais) sobre o assunto em destaque. Porém, apesar das fontes de busca e as crenças divergirem, o ponto de convergência não passou despercebido. Todos concordaram que as diferenças nas crenças não podem ser usadas como espada para separar as pessoas, acima de tudo, devemos viver como irmãos que somos, porque estamos buscando o mesmo Deus e somos todos frutos da sua criação.

Vale lembrar as palavras do Bispo da Diocese de Nacala, Dom Alberto Vera, “a união entre irmãos de crenças diferentes não nos torna fracos, torna-nos convictos daquilo que verdadeiramente acreditamos.”

Elaborado Por:

Mussa Chaimussa João – Assistente da Pastoral Universitária e

Don Faray Rostalino Tomás – Docente

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